Educação Presencial
“A educação presencial não dá mais conta das demandas das novas gerações. A cultura presencial é do século passado. Se as escolas não levarem a tecnologia para a sala de aula, os alunos levarão”, avalia o docente da Escola Politécnica e autor do blog Educação sem Distância, Romero Tori. As novas ferramentas digitais vêm propiciando alternativas para a implementação de novas práticas de ensino e trabalho e oferecem um caminho para dinamizar as práticas de aprendizagem.
“A cultura presencial é do século passado. Se as escolas não levarem a tecnologia para a sala de aula, os alunos levarão”, avalia Romero Tori
Pesquisas mostram o crescimento de cursos a distância no País. De acordo com os dados do Censo da Educação Superior de 2012, a EAD cresceu mais que a educação presencial entre 2011 e 2012. Nesse período, houve crescimento de 12, 2% nas matrículas de cursos a distância, porcentagem bem superior ao aumento de 3,1% da educação presencial. No entanto, menos de 15% dos universitários brasileiros estão em cursos de EAD.
Em 2011, houve um fenômeno educacional que chamou a atenção da mídia mundial: os Moocs, cursos massivos on-line e abertos (em tradução literal), ministrados via web, sem a intermediação de professores ou tutores, que são capazes de beneficiar milhares de estudantes. São oferecidos aos alunos como forma de ampliar seus conhecimentos num modelo de coprodução. A prática, realizada com apoio de programas sofisticados que empregam inteligência artificial, foi oferecida por instituições respeitadas dos Estados Unidos, como Stanford, Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Empregando videoaulas, utilizando CDs, DVDs, programas de rádio, televisão ou até mesmo material impresso por e-mail, a aprendizagem a distância é reconhecida pela sua capacidade de democratização do acesso ao conhecimento, isto é, pode alcançar lugares ditos remotos, ou mesmo que não dispõem de redes de educação. Para Tori, a Educação a Distância possibilitaria uma expansão do ensino superior, por se tratar de um modelo de ensino mais democrático e pela possibilidade de poder “atingir qualquer ponto do mundo de forma mais barata”, visto que a sociedade está ficando mais “tecnológica e interativa”.